Autorização para trabalhadores
estrangeiros cresce 19% no semestre
Informações foram divulgadas nesta quinta-feira pelo Ministério do Trabalho.
No primeiro semestre, autorização foi concedida para 26,5 mil pessoas.
O número de autorizações para trabalhadores estrangeiros atuarem no país cresceu 19,4% nos seis primeiros meses deste ano, para 26,5 mil, novo recorde histórico para o período, informou nesta quinta-feira (7) o Ministério do Trabalho. Em igual período do ano passado, as concessões para pessoas de outros países trabalharem no Brasil somaram 22,18 mil.
Segundo os dados do governo federal, as autorizações temporárias, de até dois anos, são aquelas que representam o maior volume. No primeiro semestre de 2011, o governo concedeu 24,6 mil autorizações temporárias de trabalho, com aumento de 18,9% frente ao mesmo período do ano passado, quando o número totalizou 20,7 mil.
Apesar das autorizações permanentes representarem um universo bem menor, o crescimento registrado nos seis primeiros meses deste ano foi mais expressivo. No primeiro semestre de 2011, as concessões de licenças permanentes de trabalho somaram 1.861, com elevação de 30,3% sobre igual período do ano passado (1.428).
'Universo pequeno'
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, disse que, para ser concedido o visto de trabalho, primeiro as empresas têm de fazer anúncios para o mercado interno. "Tem que anunciar em veículos de grande circulação a chamada. Se não apareceu brasileiro, aí pode chamar. É um universo pequeno [os que entram para trabalhar]. Não tem substituição de mão de obra na grande e esmagadora maioria. É mais barato contratar aqui do que trazer uma pessoa para se adaptar", declarou ele.
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, disse que, para ser concedido o visto de trabalho, primeiro as empresas têm de fazer anúncios para o mercado interno. "Tem que anunciar em veículos de grande circulação a chamada. Se não apareceu brasileiro, aí pode chamar. É um universo pequeno [os que entram para trabalhar]. Não tem substituição de mão de obra na grande e esmagadora maioria. É mais barato contratar aqui do que trazer uma pessoa para se adaptar", declarou ele.
Segundo o ministro, o maior percentual de trabalhadores estrangeiros refere-se a latino-americanos. "Cresceu muito o número de haitianos. Está acontecendo muito em Jirau e Santo Antônio [usinas hidrelétricas em construção]. Esses são os legalizados. Os refugiados também não contam. Mas também tem ilegal, como o caso dos bolivianos em São Paulo. Mas ficou muito mais difícil", informou Lupi.
Detalhamento
Os números do Ministério do Trabalho mostram que, da maior parte dos 24,6 mil vistos temporários concedidos no primeiro semestre deste ano, 8,23 mil concessões referem-se a contratos para embarcações ou plataformas estrangeiras. Contra igual período de 2010, a taxa de crescimento foi de 23,6%. O ministro Lupi informou que essas concessões referem-se à produção de petróleo.
Os números do Ministério do Trabalho mostram que, da maior parte dos 24,6 mil vistos temporários concedidos no primeiro semestre deste ano, 8,23 mil concessões referem-se a contratos para embarcações ou plataformas estrangeiras. Contra igual período de 2010, a taxa de crescimento foi de 23,6%. O ministro Lupi informou que essas concessões referem-se à produção de petróleo.
Já as concessões de vistos para estrangeiros na condição de artistas, ou desportistas, cresceram 12,6% no primeiro semestre deste ano, para 4,5 mil, enquanto que as autorizações para assistência técnica, por prazo de até 90 dias, avançaram 30,3%, para 5 mil. No caso dos especialistas com vínculo empregatício, as autorizações avançaram 8,5%, para 2 mil.
No caso das concessões permanentes, os dados do governo mostram que os vistos para investidores pessoa física cresceram 0,7% no primeiro semestre, para 434 pessoas, enquanto que as licenças para administradores, diretores e executivos subiram 7,2%, para 762 pessoas.
Após escândalo de escutas, tabloide vai
deixar de circular no Reino Unido
Último número do 'News of the World' vai sair neste domingo (10).
Jornal admitiu ter grampeado telefones de parentes de soldados mortos.
O tabloide dominical britânico "News of the World" vai deixar de circular depois do próximo domingo (10), informou nesta quinta o grupo News Corp Internacional, que o edita. A interrupção ocorre após novas denúncias de que a publicação teria grampeado telefones de fontes.
"Após consulta com os superiores, decidi que devemos tomar mais medidas em relação ao jornal. Este domingo será a última edição do News of the World", afirmou em um comunicado.
James Murdoch, presidente do grupo e filho do magnata Rupert Murdoch, disse que a empresa admite os erros cometidos e prometeu fazer o máximo para consertá-los.
Ele também disse que o dinheiro da última edição será doado para boas causas.
As últimas revelações no escândalo das escutas telefônicas do tabloide, suspeito agora de tergrampeado os telefones de parentes de soldados britânicos mortos no Iraque e no Afeganistão, aumentou a indignação e constrangeu o governo.
Após o anúncio do fechamento, o premiê David Cameron disse que todos os responsáveis por erros no caso devem ser levados à Justiça.
Várias famílias de militares mortos em ação manifestaram a sua indignação após terem lido o "Daily Telegraph", que assegura que seus telefones podem ter sido grampeados por um detetive particular a serviço do jornal sensacionalista. Seus números teriam sido encontrados nesses registros.
O ex-chefe do Estado-Maior, Richard Dannatt, declarou-se "atordoado", enquanto o ex-comandante das forças britânicas no Afeganistão Richard Kemp ficou "mudo de raiva".
Já o líder da oposição trabalhista, Ed Milliband, se disse "aborrecido".
"Nossas Forças Armadas e suas famílias merecem o respeito e o apoio da Nação", disse o ministro da Defesa, Liam Fox.
Este caso de escutas, que envenena a vida política no Reino Unido há meses, apresentou uma série de revelações espetaculares nos últimos dias.
O "News of The World" tem tiragem de 2,8 milhões de exemplares e era alvo de acusações de escutas irregulares desde 2006. Ele circulava havia 168 anos.
O caso gerou várias detenções e a demissão em janeiro de Andy Coulson, ex-redator-chefe, de seu posto de diretor de Comunicação do primeiro-ministro.
Nos últimos dias, o jornal foi acusado de ter feito escutas na família de uma jovem assassinada e em parentes de vítimas do atentado de Londres em 2005.
Os escândalos levaram várias empresas a cancelares anúncios nas páginas do tabloide.
Steven Barnett, professor de comunicações da Universidade Westminster, disse que ficou atônito com o anúncio. "Isso certamente vai aliviar o peso das alegações imediatas sobre comportamento jornalístico e grampeamento de telefones", disse à agência Reuters.
Esse foi o Super News, até amanhã as 19:30
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